sábado, 3 de outubro de 2009

A FÁBULA DO VAGALUME E A SERPENTE




Um vaga-lume com uma luz brilhante, colorida e intermitente passou sua vida desde a juventude, perseguido por serpentes.
Alimentava-se de micro-organismos, vagava pelo jardim, de folha em folha, de galho em galho, saltitando em seu habitat e convivendo com seus pares: grilos, formigas, algumas aranhas, abelhas, vespas, entre outros, em harmonia, no equilíbrio perfeito da natureza, mesmo que esse equilíbrio incluisse predadores, e prezas.
Entretanto a serpente passou toda sua vida perseguindo o inofensivo vaga-lume, que procurava defender-se como podia, saltava, voava, camuflava-se até que um dia, entrincheirou-se em um local que a serpente não poderia alcançá-lo e perguntou:

__Serpente, porque me persegues? Não estais entre meus predadores naturais, eu não faço parte de sua cadeia alimentar, porque me persegues tanto, o que queres de mim?
A serpente respondeu solenemente:
__O seu brilho me incomoda.
Ouvi essa fábula de um amigo ao contar como certos “amigos” conduzem as relações interpessoais, achei muito interessante, me senti um vaga-lume diante de certas atitudes de alguns “parceiros” desta selva de homens, grilos e serpentes.

Senti-me confortado e resolvi contar essa historia.

A inveja é um dos sentimentos mais mesquinhos da humanidade, a fábula do vaga-lume e da serpente é só uma fábula, essas coisas só acontecem com os humanos, porque temos inteligência, raciocínio, livre-arbítrio e somos invejosos porque escolhemos assim ser.