sábado, 22 de janeiro de 2011

Paris 1968, "Quarenta anos depois"

Em 1968 eu tinha 20 anos a aplaudi com entusiasmo os feitos das revoltas populares que aconteceram na França, iniciando pelos estudantes e se alastrando por toda a República francesa com repercussão e influência em todo o mundo ocidental.
A esquerda influía nos costumes, era um pensamento cheio de poesia, jovial e  pueril.
Teve seus aspectos positivos no que se trata de conter abusos da direita, de começar a valorizar os direitos humanos.
Naquela época se me deparasse com um discurso  como o que Sarkozy fez ao tomar posse como presidente da França, pediria no mínimo seu apedrejamento, ou o paredão, como pensava um bom revolucionário. 

Em minhas leituras me deparei com uma tradução do discurso feito por Sarkozy ao assumir o cargo de Presidente da República da França, concordo com o conteúdo e considero que um dia será proferido por alguém neste país.


Vou Reabilitar o Trabalho

Derrotamos a frivolidade e a Hipocrisia dos intelectuais progressistas. 
O pensamento único daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada.
Não vamos permitir a mercantilização do mundo onde não há lugar para a cultura:
Desde 1968 não se pode falar em moral. Haviam-nos imposto o relativismo.
A idéia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto quanto o mestre, que não se pode dar notas para não traumatizar o mau estudante.
Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinqüente.
Que a Autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado.
Que não Havia nada sagrado, nada admirável.
Era o slogan de 68 nas paredes na Sorbone:
” VIVER SEM OBRIGAÇÕES E GOZAR A VIDA SEM TRABALHAR”.
Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo.
Assassinaram os escrúpulos e a ética.
Uma esquerda hipócrita que permitia indenizações milionárias aos grandes executivos é o triunfo do predador sobre o empreendedor.
Esta esquerda está na política, nos meios de comunicação, na economia.
Ela tomou o gosto pelo poder.
A crise da cultura do trabalho é uma crise da moral.
VOU REABILITAR O TRABALHO.
Deixaram sem poder as forças de ordem e criaram uma farsa:
“Abriu-se uma fossa (fosso) entre a polícia e a juventude”.
Os vândalos são bons e a polícia é má.
Como se a sociedade fosse sempre culpada e delinqüente inocente.
Defendem os serviços públicos, mas jamais usam transporte coletivo,
Amam tanto a escola pública, mas seus filhos estudam em escolas privadas.
Dizem amar a periferia e jamais vivem nela.
Assinam petições pedindo a revogação, quando se expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa.
Essa esquerda que desde maio de 1968 renunciou ao mérito e o esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a república.
Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui.
Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar.
Quero criar uma cidadania de deveres, depois os direitos.

Nicolas Sarkozy
Presidente da França

Recado de Sarkozy em sua posse aos que acostumaram a viver como proxenetas de um discurso esquerdista que sempre alimentou os que não sabem pensar por conta própria.

Até parece que Sarkozy falou para os nossos intelectuais e para a esquerda tupiniquim.
O intelectual de esquerda brasileiro ama Cuba e diz maravilhas da ilha do Dr. Castro, mas o apartamento de férias está em Paris.

Quando políticos assumirem o tom de Sarkozy, será nossa redenção.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Acordo é acordo, não precisa de termo assinado, basta cumprir

O Jornal O Estado de São Paulo publicou reportagem sobre o rompimento da trégua entre o PT e o PMDB com nomeações de Ptistas do segundo escalão, todas elas, mais e duzentas, assinadas por Antonio Palocci. 
No Pará Ana Julia começou assim, descumprindo acordos, acabou como acabou.
Ou o Palocci quer ser mais majestade que o rei, ou malhor a rainha, ou a rainha não merece credito.

Leia a Reportagem do Estadão.


BRASÍLIA - A ordem da presidente Dilma Rousseff para que fossem suspensas as nomeações para o segundo escalão até fevereiro - uma forma de evitar novas brigas entre o PT e o PMDB por causa do domínio dos cargos - não virou lei nem dentro do Palácio do Planalto. Todos os dias o Diário Oficial da União traz novas nomeações para esses cargos, assinadas por uma única pessoa: o ministro Antonio Palocci, da Casa Civil, que despacha em um gabinete no quarto andar do Palácio.
Do dia 5, quando passou a valer a ordem de Dilma Rousseff, até ontem, Palocci assinou 208 nomeações e exonerações para cargos do segundo escalão, o que dá uma média de 23 por dia.
De acordo com o levantamento feito pelo Estado, boa parte dessas nomeações atende aos ministérios comandados pelo PT, como Comunicações e Saúde, que já foram do PMDB e agora se transformaram no ponto principal da discórdia dos dois partidos que comandam o Poder Executivo.
Origem
Foi por causa das nomeações do petista Helvécio Miranda Magalhães Jr. para a Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde e de Mário Moysés para a presidência da Embratur que o PMDB ameaçou ir à guerra contra o PT.
Para pôr Helvécio Miranda na SAS, o PT desalojou de lá Alberto Beltrame, um protegido do PMDB. Essa secretaria conta com R$ 45 bilhões para gastar nesse ano, principalmente em repasses para o Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma poderosa máquina geradora de votos para o partido que a comanda, pois o SUS está presente em todo o País.
Quanto à nomeação de Mário Moysés para a Embratur, esta também ajudou a incendiar a já conturbada relação entre PT e PMDB. Acontece que Moysés é ligado ao PT. Mas Antonio Palocci perguntou ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), se ele poderia transferi-lo da secretaria executiva do Ministério do Turismo - entregue aos peemedebistas - para a Embratur. Henrique Alves concordou. Logo depois, veio a demissão de Beltrame.
Traição
O PMDB acusou Palocci de traição. Henrique Alves bateu boca com o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi quando as relações entre os dois partidos entraram na fase crítica que levou a presidente Dilma a anunciar a suspensão das nomeações - o que acabou ficando só nas intenções.
Depois de uma breve pausa para que todos fizessem as pazes, com reuniões entre a presidente Dilma, Palocci, o vice-presidente Michel Temer e o líder Henrique Eduardo Alves, as nomeações ficaram suspensas por pouco tempo. A ideia de suspender definições para o segundo escalão partiu do próprio Temer, como forma de conter insatisfações do PMDB e evitar que o partido pudesse retaliar o governo em votações no Congresso.
O centro das preocupações do Planalto era que o mal-estar pudesse afetar a votação das presidências da Câmara e do Senado.
Inicialmente, após o acerto, o Diário Oficial só publicou nomeações negociadas entre as duas siglas. Mas, com as nomeações feitas para o Ministério da Integração Nacional, em que integrantes do PSB varreram peemedebistas deixados lá pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, o PMDB voltou a reagir.
Trégua
Coube então ao ministro Antonio Palocci começar a nomear os indicados pelo PMDB, mais uma forma de aplacar a ira do partido.
Nesta quarta-feira mesmo deverá tomar posse na presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Mauro Hauschild, indicado pela ala do PMDB liderada pelo presidente do Senado, José Sarney (AP) e pelo líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL).
O cargo era dominado pelo PT, que comandava o setor desde a primeira posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2003.
A Previdência sempre entrou na cota dos ministérios estratégicos do PT. Mas, com Dilma, acabou sendo entregue ao PMDB, numa tentativa de compensar as perdas nas pastas das Comunicações e da Saúde.
A nomeação de Hauschild foi assinada no dia 14 por Palocci. O posto de presidente do INSS é um dos mais cobiçados e está na cota do PMDB, que passou a ter o domínio do Ministério da Previdência Social, ao qual a autarquia é subordinada.
O novo ministro da Previdência, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), utilizou a cerimônia de transmissão do cargo para qualificar o ministério de "um abacaxi".
Junto com Hauschild, Palocci nomeou Jaime Mariz de Faria Jr e Rogério Nagamine Costanzi para cargos na Previdência Complementar e no Regime Geral de Previdência. Neste mesmo dia foi publicada a exoneração, assinada também pelo ministro Palocci, de Murilo Francisco Barella e João Donadon, ambos ligados ao PT.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A melhor de Tim Maia

Li no Blog do Parsifal uma resenha de declarações do controvertido e talentoso Tim Maia, a que achei mais interessante reproduzo aqui:

"Este país não pode dar certo. 
Aqui prostituta se apaixona, 
cafetão tem ciúme e 
traficante se vicia"

Estado do Rio de Janeiro

De Janeiro em Janeiro no Estado quem tem o mês no nome acontece uma tragédia.


Sempre?
Até quando?


Rio das tragédias de Janeiro 

Falta de planejamento

Os governos brasileiros, em todas as esferas carecem de um planejamento eficaz, ou quando têm um planejamento os executivos tomam medidas a revelia daquilo que foi planejado, navegam a mercê das pressões do dia a dia.
Ouvi de um conceituado político uma opinião a respeito das áreas de risco. 
"Os governantes só vão agir com rigor a respeito das áreas de risco quando forem responsabilizados criminalmente pelos desastres ocorridos."
Verdade, enquanto isso não ocorrer, as pressões pollíticas e sociais sempre o executivo a levarão a transigir.

Governos gastam em recuperação dez vezes mais que em prevenção.


Tanto o governo federal quanto o Estado do Rio gastam muito mais para consertar estragos de desastres naturais do que com prevenção.

O governo fluminense gastou dez vezes mais em consertos do que em prevenção. Reservou R$ 8 milhões para contenção de encostas e repasses às prefeituras para combate a enchentes e deslizamentos. Diante das mortes e da destruição em Angra dos Reis, Niterói e outras localidades, desembolsou R$ 80 milhões para reconstrução.


As prefeituras alegam que têm dificuldades para formatar projetos e mapear áreas de risco, o que pode garantir a liberação de verbas de prevenção.
Já a União gastou 14 vezes mais com reconstrução do que com prevenção em 2010.
Conforme a ONG Contas Abertas, que monitora gastos públicos, foram R$ 167,5 milhões para prevenir e R$ 2,3 bilhões para remediar.
O padrão deve se repetir. Já são R$ 700 milhões para o atendimento emergencial das vítimas da região serrana do Rio