sábado, 16 de abril de 2011

ILUDIR A POPULAÇÃO COM A PONTE É TÃO PERVERSO QUANTO INVENTAR O CHEQUE MORADIA

Hoje pela manhã fez-se em Tucuruí uma caminhada pelo desenvolvimento de Tucuruí em especial a construção de uma ponte sobre o Rio Tocantins para desviar o tráfego rodoviário da Hidreletrica.

Essa tal de ponte é absolutamente desnecessária e por este fato, não será construída. Podem fazer quantas caminhadas quiserem, até de joelhos, a ponte continuará sendo uma invenção fantasiosa.

Insistir nisso é uma demonstração de ignorância ou de demagogia.

Chega a ser perverso iludir as pessoas com essa conversa fiada, é tão perverso quanto o cheque moradia, sabidamente inviável mas vendido como uma realidade, criando falsa expectativa aos pseudo beneficiários.

Se queremos o bem de Tucuruí vamos fazer um movimento para resgatar o projeto de Saneamento, coleta e tratamento de esgoto sanitário, que foi aprovado no final da administração Parsifal, viabilizado o financiamento pela Caixa Econômica Federal com recursos do FGTS, licitado, iniciada a obra e suspenso pela Prefeitura Municipal no início da gestão Furman.

A gestão na ocasião tinha o engenheiro Sancler Ferreira como vice prefeito e um dos conselheiros mais expressivos do Prefeito de então.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

ADEUS A HELIO GUEIROS

Morreu hoje as 13 horas vitimado por complicações  múltiplas, aos 85 anos o ex-governador, ex-senador, ex-deputado, ex-prefeito de Belém,  Hélio da Motta Gueiros.

Conhecido por suas tiradas bem humoradas, o Doutor Hélio chegou ao governo do Estado do Pará sucedendo o primeiro governo de Jader, quem o apoiou.

Hélio fazia parte do grupo de paraenses que se opuseram a ditadura militar, juntamente com o senhor Laercio Barbalho, pai de Jader.

Convivi com Dr. Hélio quando ele era presidente regional do PFL e eu Secretário do Partido em Tucuruí.

No episódio do apoio do PFL a Parsifal Pontes para prefeito em 2000, situação em que o partido ficou dividido entre Claudio e Parsifal, Dr. Hélio nos orientou pela legalidade regimental e o apoio a Parsifal e me nomeou representante do partido junto a coligação, com poderes de presidente.

Partiu daí minha ligação política a Parsifal Pontes.

Quero lembrar uma frase de Dr. Hélio:

É CAMINHANDO QUE SE CONSTRÓI O CAMINHO.

Que o caminho que Dr. Hélio tenha que percorrer na travessia do rio que nos conduz a vida eterna, possa "pagar" o lóbulo a Caronte, o  barqueiro, para uma travessia serena.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

LULA RESPONDE F H C

Da Folha on-line,


Lula sobre FHC: ‘O povão é a razão de ser do Brasil’

Mais uma vez uma frase de FHC se volta contra o autor. A frase da vez, pinçada de um artigo, é:
“Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos”.
De passagem por Londres, para onde viajou para pronunciar mais uma palestra remunerada, Lulasapateou:
"Eu sinceramente não sei o que ele quis dizer. Nós já tivemos políticos que preferiam cheiro de cavalo que o povo...”
“...Agora tem um presidente que diz que precisa não ficar atrás do povão, esquecer o povão...”
“...Eu sinceramente não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão".
Lula acrescentou: "O povão é a razão de ser do Brasil, e dele fazem parte a classe média, a classe rica (!?!?!), os mais pobres. Todos são brasileiros..."
"...O povo brasileiro não aceita mais uma oposição vingativa, com ódio, negativista...”
“...O que o povo brasileiro quer é gente que pense com otimismo no Brasil, afinal de contas conquistamos um estágio de autoestima que já não podemos voltar atrás".
O mais curioso é que FHC tem uma de suas raízes políticas nas greves do ABC paulista.
Achegou-se a Lula na época em que ele engatinhava no sindicalismo e a esquerda acadêmica achava que falar para operários não era demagógico.
Depois, Lula distribuiu nas fábricas os santinhos de um FHC candidato ao Senado. Achava que operário falar com político da elite esclarecida não era crime.
O povão, ouvindo o FHC e o Lula dos velhos tempos, ruminava: Ah, que país maravilhoso seria o Brasil se um desses caras chegasse à Presidência...”
Ambos chegaram lá. Respeitadas as peculiaridades de cada período, os dois ajudaram na estabilidade que içou parte do povão à neoclasse média.
Agora que estão igualados na conta bancária cevada a pale$tras e nos nos títulos de honoris causa, esmurram-se nas manchetes. A política é mesmo infernal

terça-feira, 12 de abril de 2011

Equipe Economica desafina, falta harmonia, a casa está mais para residencia da "mãe Joana" de que de Dilma

Da Folha On Line, por Josias de Souza


12/04/2011

Equipe econômica de Dilma virou um ‘saco de gatos’

Ninguém disse ainda, talvez por pena, quem sabe em respeito à curta duração do governo. Mas urge alardear:
Sob Dilma Rousseff, a equipe econômica converteu-se num vitoso saco de gatos. Os miados são dissonantes. As unhadas ocorrem sob refletores.
Na semana passada, falando a um grupo de 200 industrais, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acionou as garras contra a política cambial do “seu” governo.
Disse que, a pretexto de conter a inflação, Brasília abandonou a ideia de segurar o câmbio. Algo que destrói a industria nacional. Convidou a audiência a reagir.
Mais: confidenciou à platéia que não está só. Acompanham-no na divergência os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).
Pois bem. Nesta terça (12), Coutinho voltou a miar fora do tom. Deu-se na China, em meio à viagem oficial da “chefe” Dilma Rousseff.
O mandachuva do BNDES repisou a tecla: o governo precisa ser mais tenaz no esforço para conter a sobrevalorização do Real frente ao dólar. Soou assim:
"Temos que utilizar nossas ferramentas disponíveis para mitigar a apreciação excessiva"...
“...Eu creio que o BC e o Ministério da Fazenda estão tentando fazer isso e acho que eles deveriam intensificar esse tipo de ação para impedir apreciação excessiva".
Coutinho não foi o único a reincidir na rebeldia. Sérgio Gabrielli, o presidente da Petrobras, também fez ressoar seus miados na China.
A despeito dos desmentidos dos pseudosuperiores hierárquicos Guido Mantega (Fazenda) e Edison Lobão (Minas e Energia), Gabrielli repetiu: o preço da gasolina pode tomar o elevador:
"Se o preço do petróleo ficar nesse nível que está hoje [mais de US$ 120 o barril], estável nesse nível, você vai ter de alterar [o preço da gasolina]”.
Por quê? “Nós estávamos trabalhando com [a cotação do barril a] US$ 65 a US$ 85”, disse Gabrielli.
Ele prosseguiu: "Que o preço vai ficar alto, parece que sim. O problema é o grau de variação que esse preço está tendo em torno de determinado patamar...”
“...Enquanto estiver variando muito, não tem como tomar decisão". Comparou a Petrobras a uma casa de repastos:
"O preço no menu do restaurante não aumenta porque o preço da carne subiu no dia. Leva um tempo pra mudar o preço da carne no prato".
Num governo com 39 ministérios e uma infinidade de estatais, é natural que ocorram divergências.
O desencontro de opiniões, além de normal, é salutar. O problema está no método.
O local adequado para a exposição das desarmonias é a sala de reuniões, não a praça pública.
Do modo como vem sendo exposto, o pensamento do governo torna-se biangular. As ideias são trapezóides. O diálogo é multidimensional. A gestão é estroboscópica.
Ou dona Dilma engaiola os gatos e põe ordem na casa ou ficará muito parecida com uma velha senhora: a mãe Joana

FHC CRITICA DISCURSO POPULAR DA OPOSIÇÃO

Da Folha de São Paulo, 11/04/2011



FHC: oposição deve parar de disputar povão com PT

Folha
Num instante em que a oposição roda como parafuso espanado em busca do discurso perdido, Fernando Henrique Cardoso sugere um caminho.
Para ele, "enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, falarão sozinhos".
Acha que a oposição precisa redirecionar seus esforços para conectar-se com a nova classe média, içada da pobreza pelo crescimento econômico dos últimos anos.
Deve-se à repórter Daniela Lima a revelação do receituário de FHC, hoje o principal –talvez o único— ideólogo da oposição.
Em notícia pendurada na manchete da Folha, ela antecipa o teor de um artigo escrito por FHC, presidente de honra do PSDB.
O texto será veiculado no próximo número da revista “Interesse Nacional”, que circula nesta quinta (14). Estará disponível também naweb.
Conforme noticiado aqui, no final de semana, o desempenho de Dilma Rousseff nos primeiros 100 dias de governo alterou o conceito que FHC fazia dela.
Durante a campanha, ele a apelidara “boneca de ventríloquo”. Nos últimos dias, passou a reconhecer, em privado, que Dilma o surpreendeu positivamente.
No texto que virá à luz em dois dias, FHC revela o receio de que a nova presidente se mostre mais sedutora à classe média do que Lula:
"Dilma, com estilo até agora contrastante com o do antecessor, pode envolver parte das classes médias. Estas [...] mantiveram certa reserva diante de Lula".
Para se contrapor a Dilma, tenta ensinar FHC, as legendas de oposição terão de alterar o modo de agir, modernizando-se.
Ele escreve que essa classe média tão almejada não participa da vida política do país como no passado.
Acompanha o desenrolar dos fatos em lugares onde os partidos praticamente inexistem. As redes sociais da internet, por exemplo. FHC anota no artigo:
“Se houver ousadia, as oposições podem organizar-se, dando vida não a diretórios burocráticos, mas a debates sobre temas de interesses dessas camadas".
Ele insinua no texto que, em vez de buscar os culpados de seus infortúnios em terrenos vizinhos, a oposição deve olhar para o próprio umbigo:
"Uma oposição que perde três disputas presidenciais não pode se acomodar e insistir em escusas que jogam a responsabilidade no terreno ‘do outro'."
Ex-presidente da República por dois mandatos, FHC realça num pedaço do artigo o cativeiro a que os aliados o condenaram nas últimas disputas presidenciais:
"Segmentos numerosos das oposições de hoje aceitaram a modernização representada pelo governo FHC com dor de consciência".
O texto é até delicado. Em verdade, não houve dor de consciência, mas vergonha. FHC e seu legado foram trancafiados no fundo do armário.
FHC deu ao seu novo artigo o mesmo título de um velho texto que escrevera na década de 70: "O papel da oposição".
Naquela época, ele se opunha à ditadura militar. "Diante do autoritarismo era mais fácil fincar estacas em um terreno político", comparou.
Considerando-se o nanismo de ideias que infelicita a oposição, o texto de FHC ganha a aparência de um oásis em meio ao Saara.
Porém, a peça perde-se em equívocos rudimentares. O primero deles é a premissa de que Lula não se conectou à classe média.
Lula ultrapassou esse cercadinho já na eleição de 2002, quando bateu José Serra. Reforçou os laços em 2006, ano em que moeu Geraldo Alckmin.
Outro equívoco é o de considerar que Dilma pode se achegar a esse nicho do eleitorado. Tomada pela primeira rodada de pesquisas, ela já chegou lá.
Para desbancá-la, a oposição depende de uma competência que ainda não foi capaz de exibir e de eventuais tropeços de Dilma.
De resto, a chamada nova classe média credita sua ascenção social à Era Lula. Daí a popularidade que rendeu a ele a reeleição e a “construção” da sucessora.
Só os especialistas ainda enxergam no processo evolutivo as digitais de ex-gestores como Itamar Franco e o próprio FHC.
Num ponto, o ex-presidente tucano tem razão. Ao envergonhar-se de seu legado, os “amigos” da oposição permitiram que Lula se apropriasse do passado, reciclando-o.
Difícil pedir ao “ex-povão” que recorde agora que a estabilidade econômica traz na sua gênese o Plano Real, que FHC costurou como ministro de Itamar.
Muito difícil emplacar a tese de que Lula apenas manteve conquistas que o petismo rejeitara no passado. Coisas como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Dificílimo convencer os 'neo-incluídos' de que o Bolsa Família não é senão a versão aprimorada de programas de transferência de renda nascidos lá atrás.
Não há debate em rede social capaz de devolver à oposição o passado que ela própria permitiu que passasse.
Como escreve FHC, oposição que perde três eleições presidenciais não achará escusas no terreno do outro. Deve o infortúnio à sua própria incompetência.
No mais, a reiteração da divisão interna do PSDB e o derretimento do DEM revelam uma oposição convencida de que é errando que se aprende... a errar.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Economia, Inflação e Mercado

Da Folha de São Paulo- on line, por Josias de Souza


11/04/2011

Mercado volta a dizer que duvida da bruxaria do BC

Angeli
Pela quinta semana consecutiva, o mercado financeiro elevou sua previsão de inflação.
O Banco Central, como se sabe, realiza semanalmente uma pesquisa para medir os humores do mercado. Chama-se Focus.
Recolhe às sextas as opiniões de 100 operadores do mundo das finanças. Cruza os dados no fim de semana. E divulga-os às segundas.
Pois bem. Nas últimas cinco semanas esse boletim Focus traz sempre uma previsão mais salgada do que a outra.
Na sondagem da semana passada, os mandarins do mercado haviam estimado que a taxa de inflação fecharia o ano em 6,02%.
No levantamento desta segunda (11), puxaram a estimativa para 6,26%. Devagarzinho, o pessimismo vai alcançando o teto da meta oficial.
O governo se autoimpôs a meta anual de 4,5%. Concedeu a si mesmo a tolerância de dois pontos. Um índice de até 6,5% continuaria dentro da meta.
A pesquisa Focus revela que, aos olhos do mercado, o BC dificilmente conseguirá entregar a mercadoria prometida.
E daí? Bem, em matéria de inflação, as expectativas contam muito. São elas que orientam os manipuladores do painel de controle do governo.
A turma do BC e da Fazenda aperta os botões que devem ser apertados e, depois, espera para ver a reação dessa coisa imprevisível que é o gênero humano.
Os empresários vão investir? Os consumidores vão gastar? Essa gente vai poupar ou vai continuar tomando empréstimos feito louca?
Embora seja chamada de ciência, a economia tem um quê de bruxaria. E o Focus informa que a turma do mercado acha a macumba de Brasília fraca.
Há duas semanas, o próprio BC entregara 2011 a Deus. Informara que a agulha enfiada no boneco talvez só surtisse efeito em 2012.
Assim caminha a economia. O governo tenta impor a precisão matemática ao imponderável. Mas deixa claro que o poder de sua ciência tem limites.
Termina onde começa o mistério do comportamento humano. Não resolve muita coisa. Mas oferece ótimas desculpas.
Os búzios do governo estão sempre certos. O mercado e as pessoas é que insistem em não fazer o previsto

Educação - Excelente artigo de Edgar Flexa Ribeiro


Recuperação neles

O Ministério da Educação meteu-se em nova encrenca. Como nas anteriores, tudo parece ter origem na convicção de que eles lá, geniais, sabem melhor que ninguém o que é bom para nós, os outros.
Eles acham que sabem o que se tem que aprender, o que se deve ensinar, e quem vai fazer uma coisa e a outra.
Mais ou menos como me disse uma vez um pai de aluno acerca do ENEM: “Já entendi: para meu filho ser considerado um jovem brasileiro bem formado, tem que responder à pergunta que o MEC faz, do jeito que o MEC quer.”
Essa convicção é tão arraigada que eles não se dão conta de que, se eles fossem mesmo isso tudo, a educação nacional não estaria ruim como eles mesmos dizem que está. Não caiu a ficha da contradição.
Agora foi a hora de eles confundirem frequência escolar com inclusão social, no caso de crianças e jovens que precisam dominar técnicas próprias para se relacionar com o mundo exterior às suas percepções: deficientes visuais e auditivos.
Muitos deles estudam em institutos especiais aqui no Rio. Mas o MEC entendeu que não ia mais ser assim, pois todos, sempre segundo o MEC, serão muito bem atendidos em escolas regulares como qualquer outro estudante, tudo em nome da inclusão social.
Alta autoridade do MEC veio ao Rio passar essa comunicação. Os cursos iriam fechar no fim de 2011.
É claro que todo mundo reparou no absurdo da decisão. Os pais dos alunos reclamaram, pais de crianças com necessidades especiais reclamaram, especialistas reclamaram, a opinião pública reclamou.
O MEC negou tudo. Mas acontece que tramita no Congresso projeto de lei originário do MEC, apresentado pelo ministro e encaminhado pela presidência da República, que afirma a intenção de que isso ocorra, a pretexto de promover a inclusão social.
Papelão!
A auto-suficiência do MEC não é de hoje. E nossos problemas na educação começam longe das salas de aula. Ainda sofremos com uma centralização que busca uma fôrma educacional única, que abrigue e atenda igualmente bem toda a diversidade deste país continental.
Talvez o educocrata de Brasília guarde a lembrança concentradora do colonizador vindo de Portugal, oposta à realidade brasileira, de que a distância que vai do Planalto Central a Manaus ou Porto Alegre é igual à que separa Lisboa do Porto ou do Algarve.
O binóculo que o MEC usa está ao contrário, pois o Brasil é muito maior e mais vário do que aquilo que eles conseguem ver.
O MEC merece ficar em recuperação, para ver se aprende mais sobre o país.

Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação

GOVERNOS PODEM SER TRANSPARENTES OU OPACOS

Do Dicionário, 
Sinônimos de Transparência

Transparência: clarezanitidez e perspicuidade

Definição de Transparência

Classe gramatical de transparência: Substantivo feminino
Separação das sílabas de transparência: trans-pa-rên-ci-a
Plural de transparência: transparências
Possui 13 letrasPossui as vogais: a e iPossui as consoantes: c n p r s tTransparência escrita ao contrário: aicnêrapsnart

Frases na imprensa com transparência

Em nota, a PM afirmou que "não compactua com nenhum tipo de irregularidade e apura com rigor qualquer desvio de conduta praticado por policiais, dando todatransparência aos casos dos quais toma conhecimento". Folha de São Paulo, 29/01/2011
"Precisamos criar transparência onde ela é rejeitada", disse Domscheit-Berg, que tem base na Alemanha e também já esteve envolvido com o grupo de hackers alemão Chaos Computer Club. Folha de São Paulo, 28/01/2011





Significado de Opaco

adj. Que não é transparente; que não deixa passar a luz.
Sombrio, escuro.
Fig. Impenetrável.

Sinônimos de Opaco

Definição de Opaco

Classe gramatical de opaco: Adjetivo
Separação das sílabas de opaco: o-pa-co
Possui 5 letrasPossui as vogais: a oPossui as consoantes: c pOpaco escrita ao contrário: ocapo

Antônimos de Opaco

Frases na imprensa com opaco

No Tribunal do Júri, a votação é feita na forma de perguntas e respostas. O juiz manda distribuir aos jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo sete delas a palavra "sim" e sete a palavra "não". Folha de São Paulo, 24/03/2010
Agora, as primeiras imagens simples foram transmitidas através de um objetoopaco e reconstruídas do outro lado, pelo físico Sylvain Gigan e colegas, na École Supérieure de Physique et de Chimie Industrielles, em Paris, França. Folha de São Paulo, 29/01/2010
GOVERNOS PODEM SER TRANSPARENTES OU OPACOS, NA ELEIÇÃO VOCÊ VAI ESCOLHER.

domingo, 10 de abril de 2011

Da Folha de São Paulo

Por Josias de Souza


10/04/2011

Oposição enxerga acertos em Dilma e se desnorteia

Angeli
Três meses de Dilma Rousseff foi tempo bastante para que Fernando Henrique Cardoso alterasse o conceito que fazia dela.
Presidente de honra do PSDB e principal ideólogo da oposição, FHC pespegara em Dilma, durante a campanha de 2010, a pecha de “boneca de ventríloquo”.
Insinuara que, eleita, quem daria as cartas seria Lula, não ela. Hoje, em diálogos privados, FHC reconhece que Dilma o “surpreendeu”. Positivamente.
A avaliação de FHC se espraia por toda a oposição. Alastra-se pelo PSDB e também pelo DEM, seu parceiro de oposição.
Tornou-se consensual entre os adversários do governo a percepção de que, a menos que ocorram tropeços, não será fácil se opor a Dilma.
Avalia-se que a presidente revelou-se dona de personalidade própria. Distancia-se de Lula nos pontos que alimentavam as fornalhas da oposição.
Substituiu a histrionia pela parcimônia verbal. Trocou a ideologia pelo pragmatismo. Distanciou-se do Irã. Reachegou-se aos EUA. Anunciou cortes orçamentários.
Como se fosse pouco, revelou-se capaz de gestos como o convite a FHC para o almoço oferecido ao visitante Barack Obama.
Um gesto que, tonificado pela ausência de Lula, forçou FHC a derramar-se elogios sobre os microfones.
Afora a ausência de discurso, a oposição debate-se consigo mesma. PSDB e DEM são, hoje, os principais adversários do PSDB e do DEM.
O tucanato, agremiação de amigos 100% feita de inimigos, revolve suas divisões. Divisões internas e eternas.
No centro de todas as trincas está José Serra, o candidato que a ex-boneca abateu com a ajuda do ex-ventríloquo.
Serra mede forças com Aécio Neves por 2014. Digladia-se com Sérgio Guerra pela presidência do partido. Disputa com Geraldo Alckmin a hegemonia em São Paulo.
O DEM, depois de engolfado pela “onda Lula”, luta para que a lipoaspiração congressual não evolua para um raquitismo patológico.
Os ‘demos’ que não aderiram ao projeto de novo partido do prefeito Gilberto Kassab dividem-se em dois grupos.
Uma ala olha para o futuro com grandes dúvidas. A outra já não tem a menor dúvida: o futuro é uma fusão com o PSDB, uma espécie de inexorável à espera do melhor momento para acontecer.
Assim, dividida, dilacerada e sem norte, a oposição enxerga nos acertos da Dilma um entrave adicional para pôr em pé um discurso alternativo.
Vai-se buscar munição nos detalhes. O DEM faz um inventário das promessas de campanha de Dilma. Acha que não há como cumpri-las. E esboça a cobrança.
O PSDB fará do recrudescimento da inflação o seu principal cavalo de batalha. Enxerga na eletrificação do índice a oportunidade para reacencer a pauta antigastança.
Parte-se do pressuposto de que Dilma não conseguirá entregar o corte orçamentário de mais de R$ 50 bilhões que prometeu.
Vai-se atacar a inificiência do Estado “aparelhado” e realçar a herança tóxica deixada por um Lula que tinha em Dilma sua principal gerente.
À sua maneira, Aécio Neves, o grão-duque do tucanato de Minas, esgrimiu esses tópicos no discurso inaugural que pronunciou no Senado.
"Vemos, infelizmente, renascer, da farra da gastança descontrolada dos últimos anos, em especial do ano eleitoral, a crônica e grave doença da inflação", disse Aécio.
“Era o discurso que faltava”, festejou Sérgio Guerra, o ainda presidente do PSDB.
A despeito dos anseios de Serra, Aécio tornou-se o nome preferencial de tucanos e agregados para o próximo embate sucessório.
Com isso, guinda-se ao posto de principal líder da oposição um personagem que se definiu no celebrado discurso como “um construtor de pontes”.
Para Aécio, o êxito de seu projeto passa por duas variáveis: os eventuais erros de Dilma e a capacidade da oposição de beliscar pedaços do atual condomínio governista.
Assim, além de aprumar um discurso e torcer pelos tropeços da sucessora de Lula, a oposição teria de seduzir legendas como PSB, PDT, PP...
Tudo isso contra um pano de fundo marcado pela crise do “de repente”. Numa Era pós-revolucionária, o brasileiro afeiçoou-se à evolução econômica e sociail lenta.
Ao reconhecer os méritos de Lula, Aécio realçou dois: a manutenção dos pilares econômicos erigidos nas gestões Itamar e FHC e o viés social.
O problema é que o cidadão tende a associar os benefícios resultantes da combinação ao mandatário de plantão, não aos gestores do passado.
Significa dizer que, se conseguir debelar o surto inflacionário e manter a cozinha relativamente em ordem, Dilma vai a ante-sala de 2014 bem posta.
Foi-se o tempo em que o eleitor acreditava em salvadores e em milagres. Já não há o “antes” e o “depois”. Só há o “processo”, vocábulo caro ao PSDB.
Escolado, o dono do voto agarra-se à força das continuidades. Olha para a mudança com ceticismo. De novo: vive-se uma crise do “de repente”.
Sem vocação para fazer uma oposição ao estilo do ex-PT, PSDB e DEM foram como que condenados à tocaia. Rezam baixinho por um tsunami que destrua a perspectiva de poder longevo que Dilma passou a representar.
Até a torcida exige comedimento. Uma arquibancada barulhenta poderia soar impatriótica.