Desde que deixei a Direção Administrativa e Financeira do Hospital Regional de Tucuruí que me decidi não tecer nenhum comentário a respeito daquela instituição, com o proposito de evitar interpretações diversas da realidade e motivações distorcidas a respeito de minhas opiniões e comentários.
Entretanto hoje um fato novo motivou a quebra de meu silêncio sobre o Hospital Regional de Tucuruí, essa motivação foi a nomeação do médico Carlos Conde na função de Diretor Geral daquela instituição.
Depois de muitos desacertos, finalmente um acerto, o Dr. Carlos Conde é um profissional comprometido com seu trabalho, comprometido com o sistema de saúde da região, sensível as reais demandas da saúde da população e preparado para o cargo.
Parabeniso não o Dr. Carlos Conde mas sim a população atendida pelo Hospital pela escolha de um profissional que tem a possibilidade de tirar o HRT do estado falimentar, do sucateamento programado e proposital.
Ao Dr. Carlos Conde, sei que vais encontrar muitos percalços nessa empreitada, vais ter que se desdobrar em mil Carlos para colocar o Hospital nos eixos, mas tenho convicção que em médio prazo, conseguirá o objetivo.
A equipe do HRT é composta de muito bons profissionais, que sob uma direção competente, sabem produzir saúde de qualidade.
Uma instituição como o HRT, quase uma cidade, com mais de 500 servidores, não se deteriora de uma hora para outra.
O Hospital Regional de Tucuruí, começou a ter seus serviços comprometidos, ainda na administração do PT, que não teve puderes em colocar em posições chaves no Hospital, companheiros e apadrinhados que não tinham conhecimento nem competência para desempenhar algumas funções importantes no sistema, foi o aparelhamento, comum no PT.
Como a equipe é numericamente grande e competente, esse aparelhamento não chegou a comprometer de imediato a qualidade da assistência prestada pelo Hospital, mas foi ao poucos deteriorando, criando habitos.
Na mudança de governo para o PSDB as medidas adotadas pela Sespa para o HRT trouxeram conseqüências desastrosas.
Nomearam uma dupla de enfermeiras para tomar conta do Hospital e a partir do momento que alguns comentários sobre fatos ocorridos no Hospital foram veiculados em blogs de Tucuruí e da Capital do Estado houve uma desconfiança extrema em relação a equipe do Hospital.
As gestoras começaram desconfiar de tudo e de todos, mudaram pessoas na equipe e se cercaram de bajuladores, alguns ocupando função de coordenação em setores do Hospital. Essas pessoas conseguiram blindar completamente a gestão e empregaram de forma irregular, pagando como serviço prestado.
O que deveria ser eventual, passou a ser permanente, empregando um contingente enorme de prestadores de serviço.
O que deveria ser eventual, passou a ser permanente, empregando um contingente enorme de prestadores de serviço.
Comprometeram com isso praticamente 50% dos recursos do Hospital, com recursos destinados a aquisição de medicamentos, , material técnico Hospitalar e alimentos, pagaram pessoas e muitas delas parentes e pessoas próximas dos coordenadores. Essa folha de pagamento paralela chegou a trezentos e cinqüenta mil reais por mês.
As gestoras poderiam até entender de enfermagem, entretanto eram completamente nulas a respeito de gestão e conseguiram deixar as finanças do HRT desequilibradas.
Compraram e não empenharam, empenharam e não pagaram, comprometendo o abastecimento do Hospital.
Essas distintas senhoras foram substituídas por um médico que veio especialmente com o objetivo de inviabilizar o Hospital para justificar a entrega da administração para uma Organização Social, uma OS.
Tomou atitudes pouco convencionais, não aguentou a pressão e foi embora.
Agora Carlos Conde, vais ter que se virar nos 30 para tirar esse Hospital do caos, te vira, meu caro, desejo-lhe sucesso, a população merece.