quarta-feira, 20 de março de 2013

Proxenetas de um discurso esquerdista


Em 1968 eu tinha 20 anos e aplaudi com entusiasmo os feitos das revoltas populares que aconteceram na França, iniciando pelos estudantes e se alastrando por toda a República francesa com repercussão e influência em todo o mundo ocidental.
A esquerda influía nos costumes, era um pensamento cheio de poesia, jovial e  pueril.
Teve seus aspectos positivos no que se trata de conter abusos da direita, de começar a valorizar os direitos humanos.
Naquela época se me deparasse com um discurso  como o que Sarkozy fez ao tomar posse como presidente da França, pediria no mínimo sua crucificação. 

Em minhas leituras me deparei com uma tradução do discurso feito por Sarkozy ao assumir o cargo de Presidente da República da França, concordo com o conteúdo e considero que um dia será proferido por alguém neste país.


Vou Reabilitar o Trabalho
Derrotamos a frivolidade e a Hipocrisia dos intelectuais progressistas. O pensamento único daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada.
Não vamos permitir a mercantilização do mundo onde não há lugar para a cultura:
Desde 1968 não se pode falar em moral. Haviam-nos imposto o relativismo.
A idéia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto quanto o mestre, que não se pode dar notas para não traumatizar o mau estudante.
Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinqüente.
Que a Autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado.
Que não Havia nada sagrado, nada admirável.
Era o slogan de 68 nas paredes na Sorbone:” VIVER SEM OBRIGAÇÕES E GOZAR A VIDA SEM TRABALHAR”.
Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo.
Assassinaram os escrúpulos e a ética.
Uma esquerda hipócrita que permitia indenizações milionárias aos grandes executivos. É o triunfo do predador sobre o empreendedor.
Esta esquerda está na política, nos meios de comunicação, na economia.
Ela tomou o gosto pelo poder.
A crise da cultura do trabalho é uma crise da moral.
VOU REABILITAR O TRABALHO.
Deixaram sem poder as forças de ordem e criaram uma farsa:
“Abriu-se uma fossa (fosso) entre a polícia e a juventude”.
Os vândalos são bons e a polícia é má.
Como se a sociedade fosse sempre culpada e delinqüente inocente.
Defendem os serviços públicos, mas jamais usam transporte coletivo,
Amam tanto a escola pública, mas seus filhos estudam em escolas privadas.
Dizem amar a periferia e jamais vivem nela.
Assinam petições pedindo a revogação, quando expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa.
Essa esquerda que desde maio de 1968 renunciou ao mérito e o esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a república.
Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui.
Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar.
Quero criar uma cidadania de deveres, depois os direitos.

Nicolas Sarkozy
Presidente da França

Recado de Sarkozy em sua posse aos que acostumaram a viver como proxenetas de um discurso esquerdista que sempre alimentou os que não sabem pensar por conta própria.

Até parece que Sarkozy falou para os nossos intelectuais e para a esquerda tupiniquim.
O intelectual de esquerda brasileiro ama Cuba e diz maravilhas da ilha do Dr. Castro, mas o apartamento de férias está em Paris.

Quando nossos políticos assumirem o tom de Sarkozy, será a nossa redenção.

ÉTICA E JORNALISMO

Na última semana, a rede globo apresentou em seus telejornais e no fantástico, notícias sobre a precariedade de matadouros em várias cidades do Brasil, alertando a população e as autoridades sanitárias a respeito da qualidade da carne bovina oferecida aos consumidores.
Foi com enorme surpresa que na última segunda feira, assisti na mesma rede de televisão, em cadeia nacional, um comercial da fri-boi, mostrando cortes de carne bovina, embalados a vácuo, prontas para o consumo.
A emissora não inventou as notícias sobre os matadouros desestruturados, porem utilizou do noticiário, para vender um comercial de lançamento dos cortes da fri-boi.
Até onde vai a ética desse pessoal? 
A pauta do jornalismo fica refém dos interesses comerciais?
Isso coloca em cheque o jornalismo da emissora.
Sempre que vemos uma notícia, cabe a pergunta:
Quem tem interesse na veiculação dessa notícia?