Meu velho pai se vivo fosse estaria com 105 anos, seu Osorio, como era conhecido. Foi pai, amigo e conselheiro e sua partida deixou um vazio enorme até os dias de hoje.
Vez por outra, lembro-me saudoso de seus conselhos, de suas historias e de suas piadas.
Seu Osorio era uma pessoa muito irreverente, inteligente e bem humorada.
Nestes últimos dias, por força das atividades de campanha política, tenho ido a zona rural, nas colônias e assentamentos e o ambiente destes lugares me remetem às historias que meu velho pai contava de sua infância e juventude que aconteceu na zona rural, no interior de São Paulo.
Incrível a semelhança, mesmo passados tantos anos.
Nessa época que estou me reportando, 1910 até 1925, o interior de São Paulo era uma fronteira de desenvolvimento, como é hoje aqui na Amazônia.
Construções de Madeira, Matas, desmatamentos e as atividades agrícolas e pastoris daqueles que dispuseram a sair de suas regiões, embrenhar-se em um sertão, para tentar a vida em um lugar novo, abrindo um pedaço de chão para ser seu.
Mas a maior semelhança que encontro são nas festas, festa na roça é igual hoje e há mais de 100 anos.
O destaque que hoje tem um garotão com um veículo cheio de alto-falantes, fazendo musica para a galera dançar, tinham os sanfoneiros de outrora. Ambos detém a atenção das jovenzinhas.
O ciúme que os rapazes da localidade têm destes garotões, os rapazes da roça de outrora tinham dos italianos, sempre muito voltados a música, chegantes ao país, que arrebatavam os corações das pequenas.
Mas essas historias servem para nos recordar de um tempo que não volta e que ao mesmo tempo está aqui, basta dar asas a imaginação.
Obrigado meu pai, feliz dia dos país, onde quer que o senhor esteja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário