sábado, 3 de outubro de 2009

A FÁBULA DO VAGALUME E A SERPENTE




Um vaga-lume com uma luz brilhante, colorida e intermitente passou sua vida desde a juventude, perseguido por serpentes.
Alimentava-se de micro-organismos, vagava pelo jardim, de folha em folha, de galho em galho, saltitando em seu habitat e convivendo com seus pares: grilos, formigas, algumas aranhas, abelhas, vespas, entre outros, em harmonia, no equilíbrio perfeito da natureza, mesmo que esse equilíbrio incluisse predadores, e prezas.
Entretanto a serpente passou toda sua vida perseguindo o inofensivo vaga-lume, que procurava defender-se como podia, saltava, voava, camuflava-se até que um dia, entrincheirou-se em um local que a serpente não poderia alcançá-lo e perguntou:

__Serpente, porque me persegues? Não estais entre meus predadores naturais, eu não faço parte de sua cadeia alimentar, porque me persegues tanto, o que queres de mim?
A serpente respondeu solenemente:
__O seu brilho me incomoda.
Ouvi essa fábula de um amigo ao contar como certos “amigos” conduzem as relações interpessoais, achei muito interessante, me senti um vaga-lume diante de certas atitudes de alguns “parceiros” desta selva de homens, grilos e serpentes.

Senti-me confortado e resolvi contar essa historia.

A inveja é um dos sentimentos mais mesquinhos da humanidade, a fábula do vaga-lume e da serpente é só uma fábula, essas coisas só acontecem com os humanos, porque temos inteligência, raciocínio, livre-arbítrio e somos invejosos porque escolhemos assim ser.

5 comentários:

Celina Sandoval disse...

Adorei...

Unknown disse...

Inveja é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser)e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egoncentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor. A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, que culminou, então, no sentido que temos hoje.

Os indivíduos disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem do sentimento da inveja alheia dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos. Isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes".

A inveja é originária desde tempos antigos, escritos em textos, que foi acentuado no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação, a inveja seria, popurlamente falando, a arma dos "incompetentes".

Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.

Curiosidades:
1-Inveja é a última palavra de Os Lusíadas de Camões.
2 -É comumente associada à cor verde, como na expressão "verde de inveja". A frase "monstro de olhos esverdeados" (green-eyed monster, em inglês) se refere a um indivíduo que é motivado pela inveja. 3 - A expressão é retirada de uma frase de Otelo de Shakespeare.
4 - A inveja é um dos pecados capitais no cristianismo

Marco Menezes disse...

Está é uma de minhas fábulas preferidas, e concordo é qualidade exclusiva do homem essa tal de inveja mas o Senhor é nossa força afinal Ele foi o primeiro a sofrer uma inveja no mundo "E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei(...)Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo."
Jovane Pascoal

Unknown disse...

com certeza so os inseguros q se incomodam com o nosso brilho.

Unknown disse...

meu caro Pacheco....estivemos juntos no início de sua migração para a Amazônia. Sou testemunha da sua luta das vitórias e de algumas derrotas, tantom quanto eu...no undo inteiro, a coisa mais difícil que há é "mudar" de classe social e financeira...somos de origem de classe média trabalhadora...não é fácil virar intelectual...professor....político vivemos como vagalumes, na terra povoada por serpentes....só faltam estas criarem asas para nos perseguirem ainda mais já que é impossível adquirem o nosso brilho. Estou padecendo muito intensamente dessa perseguição aquí na terra dos faraós....já que não sou amigo do Rei...não é fácil mas...a tenacidade nos mantém lutando até que, um dia, sejamos chamados para ficar mais perto da luz infinita. Um grande abraço do companheiro e amigo vagalume.

Harley Perez de Roure