quarta-feira, 31 de março de 2010

Autoritarismo não tem ideologia, é sempre deploravel

O mesmo grupo de intelectuais que produziu o espetacular "Brasil nunca Mais", mostrando com muita clareza e competência os porões da ditadura militar, que se inspirava na direita, hoje lastreia o grupo de direitos humanos que navegando na popularidade de Lula, está querendo aprovar a tal comissão da verdade, que usando o escudo dos direitos humanos pretende monitorar a imprensa, as instituições e os indivíduos.
É lamentável que intelectuais da maior envergadura se prestem a esse papel, inclusive a CESE Coordenadoria Ecumênica de Serviço Centro de Direitos Humanos e Memória Popular CDHMP da  Arquidiocese de São Paulo, com toda a sua tradição. 
É lamentável que quando se trata dos grupos que somos simpáticos, ficamos míopes diante de autoritarismos cometidos.
É Lamentável que Lula esteja ficando míope em relação ao autoritarismo de Cuba, do Irã, de Chaves, o Bufão das Américas.
Quando se trata de cercear as liberdades, de torturar, todos têm o mesmo DNA, o mesmo perfil covarde e tanto faz que seja ou tenha sido: Pinochet,  Fidel, Idi Amim, Médice ou Alejandro Agustín Lanusse, todos são desprezíveis.
Hoje devemos lembrar do aniversário da revolução que é nome de rua e lastreou um período de escuridão em nosso país.
Somente quem viveu esse período e sofreu consequencias das ações da ditadura pode entender com clareza de que estou falando.
Por isso minha indignação com certas personalidades que hoje bajulam os governos do PT....
     

Um comentário:

Anônimo disse...

PT, Oh PT! Onde Estais Que Não Responde?!
No final do ano passado, nós filiados do Partido dos Trabalhadores de Tucuruí, participamos da maior festa da DEMOCRACIA que um partido político SOCIALISTA jamais viu na sua história, o PED – Processo de Eleição Direta para RENOVAÇÃO do nosso quadro de dirigentes internos, tanto a nível Nacional quanto Estadual e Municipal. Cada CHAPA defendendo a sua tese, onde, os princípios e fins que julgavam serem certos e necessários para por um fim (ou pelo menos amenizar) a crise interna que se instalara desde que chegamos ao poder – tanto a nível Nacional quanto Estadual – passamos a nos engalfinhar por cargos, mordomias e regalias, nos afastamos dos movimentos sociais, não honramos mais bandeiras de luta que sempre defendemos como, por exemplo, as questões relacionadas à terra (afinal, nem só de tratores vive o homem do campo!); a defesa da soberania regional, com o debate sobre o controle da CVRD e seus projetos que tanto sugaram e sangraram nossa gente.
Ocorre que aqui em Tucuruí, a chapa que conseguiu garimpar uma maioria mais expressiva de votos – e por isso mesmo foi conclamada vencedora, tendo a frente como Presidente do Diretório Municipal, o Vereador Jones William – até o momento não deu o ar de sua graça! Já estamos no meio do primeiro semestre do ano de 2010 e ate agora nem ao menos satisfação a nós filiados foi dada sobre o quanto mais teremos que esperar para conhecermos as “novas caras” do nosso “novo” Diretório e Executiva. Será que teremos que fazer como no pleito passado onde foi necessário – fazendo uso do estatuto no seu artigo 77 – convocarmos o diretório em caráter extraordinário para deliberar sobre o processo eleitoral daquele tempo (biênio 2008/2009)? Lembram-se disso?
O fato de o novo diretório ainda não ter sido empossado deve ser em função de fatores isolados que hora se manifestam sob as cabeças de nossas iluminadas lideranças. Pois, bem sabemos a carga excessiva que é os entraves e joguetes políticos que se desenrolam nos bastidores de uma pré-campanha eleitoral (Nacional e Estadual). Bem sabemos, também, e temos plena consciência do grau de responsabilidade e exaustão que é querer ser um parlamentar “do bem” em um município que se acostumou à velha política viciada dos caciques e marajás. Isso me faz lembrar algo que eu mesmo disse durante a campanha do PED, no afã das disputas e conflitos internos que marcaram a mesma: querer ser parlamentar e presidente do PT é não querer ser nem uma coisa nem outra. Os motivos que me levaram a tais palavras foram exatamente estes que agora presenciamos um partido sem norte. A deriva em plenas vésperas de eleições nacional e estadual, de convenção estadual onde, inclusive, se decidirá o futuro tanto da governadora enquanto candidata a reeleição como, também, os nomes dos nossos candidatos a deputados Federais e Estaduais.
Ou seja, estamos colocando a carroça na frente dos bois! Primeiro vem os princípios organizativos, pelos quais sempre lutamos, em seguida os diálogos e articulações e por fim (mas nem por isso menos importante) as contradições e conflitos internos pelos quais sempre seremos criticados enquanto petistas que somos.